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porEvandro Legramonte

O que é o Jogo de Búzios?

O Jogo de Búzios, também conhecido como “Merindilogun”, é uma prática divinatória de origem africana, especialmente associada à religião Yoruba e ao culto aos Orixás, que se desenvolveu principalmente na região da atual Nigéria. Ele foi trazido para as Américas durante o período da escravidão pelos africanos trazidos como escravos para o Brasil.

No Jogo de Búzios, são utilizadas conchas de búzios (espécies marinhas específicas) como instrumento divinatório. O sacerdote ou sacerdotisa que realiza o jogo invoca os poderes dos Orixás e estabelece uma conexão espiritual para interpretar os padrões formados pelas conchas quando lançadas em uma superfície plana, como um pano ou o chão.

Cada concha possui um lado que pode cair virado para cima ou para baixo, formando um total de 16 combinações possíveis, chamadas “Odus”. Cada Odu possui significados específicos e é interpretado pelo sacerdote de acordo com a pergunta ou questão do consulente, fornecendo orientação espiritual, aconselhamento e insights sobre diversos aspectos da vida, como saúde, relacionamentos, trabalho, finanças e espiritualidade.

O Jogo de Búzios é uma prática profundamente enraizada na cultura e espiritualidade afro-brasileira, sendo uma importante ferramenta de orientação espiritual e aconselhamento dentro das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. É importante ressaltar que o Jogo de Búzios é considerado sagrado e deve ser realizado por sacerdotes ou sacerdotisas qualificados e respeitando os princípios éticos e rituais da tradição.

porEvandro Legramonte

Quais são os orixás da umbanda e do candomblé no Brasil?

Na Umbanda e no Candomblé, os Orixás são entidades espirituais consideradas divindades, e cada uma delas representa diferentes aspectos da natureza e da vida humana. Aqui está uma lista dos principais Orixás cultuados nestas religiões afro-brasileiras:

Na Umbanda:
1. Oxalá (ou Orixalá): Orixá maior, considerado o pai de todos os Orixás, associado à paz, à justiça e à criação.
2. Iemanjá: Orixá das águas salgadas, símbolo de maternidade, proteção e fertilidade.
3. Oxum: Orixá das águas doces, associada ao amor, à beleza, à fertilidade e à prosperidade.
4. Ogum: Orixá do ferro, da guerra, da coragem e da proteção.
5. Oxóssi: Orixá da caça, da fartura, da abundância e da sabedoria.
6. Xangô: Orixá do trovão, associado à justiça, à autoridade e à sabedoria.
7. Iansã: Orixá dos ventos, das tempestades, da transformação e da proteção espiritual.
8. Omulu (ou Obaluaiê): Orixá da saúde, da cura, da terra e da passagem para o mundo espiritual.
9. Ibeji: Orixá das crianças gêmeas, associado à alegria, à inocência e à proteção infantil.
10. Nanã Buruquê: Orixá das águas paradas, da sabedoria ancestral e do respeito aos mais velhos.
11. Ossaim: Orixá das ervas, da cura, da magia e do conhecimento das plantas.
12. Oxalufã: Forma mais velha de Oxalá, associada à sabedoria e à paciência.

No Candomblé:
1. Obatalá (ou Oxalá): Orixá maior, associado à paz, à pureza, à criação e à justiça.
2. Yemanjá (ou Iemanjá): Orixá das águas salgadas, símbolo de maternidade, proteção e fertilidade.
3. Oxum: Orixá das águas doces, associada ao amor, à beleza, à fertilidade e à prosperidade.
4. Ogum: Orixá do ferro, da guerra, da coragem e da proteção.
5. Oxóssi: Orixá da caça, da fartura, da abundância e da sabedoria.
6. Xangô: Orixá do trovão, associado à justiça, à autoridade e à sabedoria.
7. Iansã: Orixá dos ventos, das tempestades, da transformação e da proteção espiritual.
8. Obá: Orixá das águas revoltas, da coragem, da força e da superação.
9. Omulu (ou Obaluaiê): Orixá da saúde, da cura, da terra e da passagem para o mundo espiritual.
10. Nanã Buruquê: Orixá das águas paradas, da sabedoria ancestral e do respeito aos mais velhos.
11. Ossaim: Orixá das ervas, da cura, da magia e do conhecimento das plantas.
12. Oxumaré (ou Osumaré): Orixá do arco-íris, associado à renovação, à transformação e à fertilidade.
13. Logunedé: Orixá da caça e da pesca, filho de Oxóssi e Oxum, associado à juventude, à beleza e à alegria.

Esses são apenas alguns dos principais Orixás cultuados na Umbanda e no Candomblé. Há uma grande variedade de Orixás, e suas características e cultos podem variar de acordo com as diferentes linhas, tradições e casas religiosas dentro dessas religiões.